Conjunto Cafundá
O conjunto habitacional Mirante da Taquara, conhecido como Cafundá, foi projetado em 1978 pelos arquitetos Sérgio Magalhães, Clóvis Barros, Silvia Pozzana e Ana Lúcia Petrik Magalhães (MBPP Arquitetos Associados), e construído no final da década de 70 pelo BNH e INOCOOP/RJ. Localiza-se no bairro da Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro. E têm importância arquitetônica, sendo o último projeto de construção habitacional em edifícios de grande escala, baseado nos princípios modernos, com características brutalistas. Segundo Colin (2007), “A maneira de acomodar-se ao terreno, partindo de um plano horizontal superior, utilizado pelos ingleses, tem sua origem no trabalho de Le Corbusier em La Tourette.” O conjunto de possui grandes blocos de habitação implantados de forma a se adaptar a topografia original do terreno mantendo a arborização existente, mas com pouca relação com o tecido urbano da cidade, embora a distribuição dos blocos vincule o platô elevado às áreas mais baixas do terreno, e a localização dos serviços nas extremidades proporcione neste ponto integração com o entorno. |
O conjunto do Cafundá conta com 1443 unidades habitacionais divididas em 11 blocos. Os apartamentos apresentam variedade tipológica, com plantas de um, dois e três quartos, tendo as unidades de três quartos dois banheiros, e as restantes um, além de sala, e cozinha com área de serviço integrada (figura 29). Há uma circulação de acesso a cada 3 pavimentos e nestes andares há apartamentos no nível, apartamentos duplex onde após acessar a unidade sobe-se para os ambientes, e unidades duplex onde ao acessar a unidade deve-se descer. Esta proposta buscava reduzir o número de paradas de elevadores de modo a viabilizar economicamente a utilização deste equipamento. Há ainda apartamentos no segundo andar acessados diretamente pelo térreo por escadas individuais, e área de comércio e serviços no 1º pavimento. A avaliação do ambiente construído no Conjunto do Cafundá foi elaborada a partir das técnicas da Teoria da Representação Social, junto à análise do espaço físico e suas modificações, Foram efetuadas: análise walk-through, conversas informais, e aplicação de questionário para 161 moradores, com o objetivo de investigar as relações subjetivas homem, moradia e a representação de morar com conforto para estes moradores. |
Fonte: Acervo LABHAB